CURIOSIDADES

A 1ª Traqueostomia e Suas Evoluções.

A primeira traqueostomia registrada foi feita por volta do ano 3600 a.C., no Antigo Egito. Há evidências em papiros médicos egípcios, como o Papiro de Ebers, que descrevem algo semelhante a uma abertura na traqueia para facilitar a respiração — embora não seja totalmente claro se era uma traqueostomia como a conhecemos hoje.

Mas a primeira descrição médica documentada de uma traqueostomia foi feita por Asclépiades de Bitínia, um médico grego que viveu no século I a.C.. Ele é considerado um dos pioneiros da técnica.

Já a primeira traqueostomia bem-sucedida com reconhecimento científico aconteceu no século XVI, feita por Antonio Musa Brassavola, um médico italiano. Ele realizou o procedimento em um paciente com obstrução respiratória, que sobreviveu — o que foi um marco para a medicina da época.

Ou seja, é uma prática antiquíssima, mas só foi se desenvolvendo com segurança e técnica ao longo dos séculos.

Vamos dar um passeio pela evolução da traqueostomia, desde os tempos antigos até os modelos modernos com cânula e fixadores:

 

🏺 Antiguidade (3600 a.C. – 500 d.C.)

  • Egito Antigo: Há registros em papiros (como o de Ebers) de procedimentos que sugerem abertura no pescoço para aliviar dificuldades respiratórias.

  • Grécia Antiga: O médico Hipócrates (c. 460–370 a.C.) mencionava a obstrução das vias aéreas, mas era contra a traqueostomia por ser arriscada.

  • Asclépiades de Bitínia (1º século a.C.) é creditado como um dos primeiros a tentar formalizar a prática.


🏛️ Idade Média (500–1500)

  • A traqueostomia caiu em desuso por medo de infecções e complicações.

  • Só era usada em casos extremos de sufocamento.

  • Praticamente não evoluiu nesse período por causa da influência da Igreja e o tabu com dissecação e cirurgia.


🩺 Renascimento (1500–1700)

  • Antonio Musa Brassavola (1546): primeiro a descrever um sucesso documentado com traqueostomia.

  • Fabricius de Aquapendente (1600s) desenhou instrumentos e descreveu como manter a cânula aberta.

  • A cirurgia começou a ser estudada mais profundamente, mas ainda era rara.


🏥 Século XIX – Era Moderna da Cirurgia

  • Com o avanço da anestesia e da assepsia, a traqueostomia passou a ser feita com mais segurança.

  • Era comum em casos de difteria, crupe e tumores de laringe.

  • Introdução da cânula metálica para manter a traqueia aberta.

  • Uso de curativos e fitas rudimentares para fixação (geralmente de pano ou couro).


🧪 Século XX – Profissionalização e padronização

  • Cânulas plásticas substituem as metálicas para maior conforto e higiene.

  • Cânulas com balão (cuff) surgem para casos de ventilação mecânica.

  • Avanço dos modelos pediátricos e com diferentes angulações.

  • Fixadores ajustáveis substituem as fitas: feitos de velcro, laváveis, com tamanhos padronizados.

  • Traqueostomia passou a ser comum em UTI, oncologia, neurologia e cuidados paliativos.


🤖 Hoje (século XXI)

  • Técnica pode ser cirúrgica tradicional ou percutânea, feita à beira do leito com auxílio de broncoscopia.

  • Modelos de fixador: laváveis, hipoalergênicos, resistentes à água.

  • Cânulas modernas têm: válvulas fonatórias, conectores para respiradores, e versões especiais para reabilitação.

  • Uso em pacientes com doenças neuromusculares, apneia, quadros pós-COVID, entre outros.

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